Maximillian Sun

Max possui uma tranquilidade eterna. Seu semblante sempre feliz mostra o quão calmo ele é. Apesar de algumas situações o obrigarem a ser mais sério, ele ainda sim não perde sua simplicidade e sorriso. Gosta de falar muito, e ainda mais de conhecer pessoas.

O quase adulto Sun, observa nas pessoas a simplicidade delas. A maneira de agir e falar, e também sua beleza. Dentre todos as qualidades, as que ele mais repara é o quão determinada uma pessoa pode ser, ficando feliz quando conhece alguém que é tão determinado quanto ele. Em segundo, observa como ela é diante de outras pessoas, analisando se é amigável, arrogante.

Maximillian possui um metro e oitenta, um corpo não muito atlético, contudo ainda num padrão aceitável. Seus olhos azuis e o cabelo sempre arrumado de uma maneira diferente, fazem seu rosto se destacar mais que seu corpo.

Maximillian já havia se formado a muito tempo. Seu tempo de escola fora bem divertido e descontraído. A muito que não colocava os pés numa escola, contudo sua vida acabou direcionando o jovem a ter mais uma vez uma temporada escolar.

"Enfim numa escola novamente."

Pensava o jovem assim que chegou no Instituto. Andando com sua mão dentro da jaqueta e segurando sua companheira de todas as viagens - uma gaita. Parou na entrada do lugar. Olhava deslumbrado todo aquele ar mágico que envolvia a escola. Fechando os olhos lentamente, tirou sua gaita do bolso, levando-a aos lábios. Ficou parado um tempo, sem nenhum som ser emitido. Após compor mentalmente mais uma melodia, suas lábios foram umidecidos por sua lingua e então o som começou a ser emitido pela gaita.

Inicialmente, uma melodia lenta e tranquila foi surgindo e se espalhando pelo ar.Mantendo ainda seus olhos fechados, criando suas notas a todo o momento, a música foi se prolongando, alternando timbres graves com agudos, criando uma sinfonia de belos sons. Alguns pássaros que estavam próximos começaram a piar, acompanhando numa só 'voz' a melodia da gaita. A cada nota soprada, a cada segundo de música, mais alegria se formava dentro do coração do jovem músico. Ele continuou a tocar. Era como se apenas ele existisse, ele e sua gaita. Improvisando notas difíceis ele manteve um ritmo, agora mais agitado, mais vigoroso, mais pulsante. Não apenas os pássaros em volta piavam, mas os animais que por ali estavam o observavam. Tímidos, não arriscavam sair de seus esconderijos, mas era fato que lá estavam eles, pois mais sons foram surgindo acompanhando a melodia. Mesmo com a diversidade de sons, a melodia era unificada como uma única voz.

Tocou cerca de quinze minutos. Quando parou uma pequena gota de suor descia-lhe na face. Abriu os olhos.A sua volta viu vários pássaros levantarem voo com o fim da música. Viu de relance pequenos seres se afastarem, e acima de tudo, viu várias pessoas próximas, sorrindo alegremente, felizes com a música que acabaram de ouvir. Um pouco desconcertado, acenou para todas e enfim guardou sua gaita. Era hora de seguir adiante.

Algumas pessoas apontavam para o jovem, talvez pela pequena apresentação que outrora fizera, talvez por já te-lo visto em algum show, mas no fim, ele apenas balançava a cabeça positivamente. Perguntando a um aluno descobriu como chegar a diretoria. Não se demorou mais para ir até la. Entrou, ficou vários minutos lá, uma conversa longa foi surgindo. O garoto não trazia traços de tensão, ao contrário, seu rosto alegre o acompanhava. A cada pergunta respondida, palavra falada, ele ia ficando mais feliz. Voltar as aulas, aprender e ajudar mais as pessoas, era o que queria.

A conversa demorou cerca de uma hora, tendo tempo até mesmo para uma curta amostra de sua música. O som da gaita ecoou baixo na sala poucos minutos antes dele sair dela. Um semblante feliz surgiu ao abrir a porta. Sabia que de agora em diante seria mais uma vez aluno, aprendendo e compartilhando momentos alegres e tristes...